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Olá, prof. Miguel!

Sobre os seus comentários:

- para caracterizar a fluidez do tráfego, pensei em usar valores de tempo de percorrimento total da via e de quantidade de veículos que passavam por ela em horários-chaves… sempre tentando observar a partir da década de 1970 (em 1976 foi criada a a CET).

- para caracterizar a dinâmica de uso (cobertura) e ocupação do solo eu poderia usar valores associados de valor venal, migração de categorias de uso do solo (as que saíram e as que entraram),a verticalização dos imóveis… talvez a mudança no zoneamento. Penso que essa dinâmica possa ser observada no mesmo intervalo da observação da evolução do índice de mobilidade (regressão desse índice, no caso…), desde meados da década de 1970, de 5 em 5 anos, ou 10 em 10…

Para representação desse estudo, eu pensei em, de alguma maneira, atribuir cores que identifiquem a intensidade da fluidez do tráfego (por exemplo, evoluindo de alta fluidez em 1970 com a cor amarela, passando por laranja, vermelho, até chegar em marron  pouca fluidez atualmente).

As mudanças de uso do solo poderiam ser retratadas também como uma “animação”, uma evolução das modificações que ocorreram em dada quadra, o uso era predominantemente vazio/nenhum em 1970 (cor cinzinha claro), depois em 1980 passou para residencial (amarelo), em 1990 – comercial (vermelho), hoje é institucional (azul)].

Seguindo essa lógica, o mesmo aconteceria com a ocupação do solo (vazio – cinza claro, 1 a 2 pavimentos – amarelo, 3 a 5 – laranja, …), mostrando como o lote foi verticalizado (ou não) com o passar das décadas.

Lógico que muitos outros fatores influenciam nessa dinâmica urbana: não posso somente dizer que a queda da mobilidade e o aumento do tráfego em dada avenida fez com que todas as casas fossem transformadas em estabelecimentos comerciais. Há outras variáveis, como novas leis de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, Operações Urbanas, ou mesmo a mudança inconsciente do caráter dos bairros, que vai acontecendo lentamente e de maneira não tão perceptível, mas que por fim faz com que todo um bairro italiano, residencial, de baixa ocupação, suma do tecido urbano, sendo que novos usos foram aparecendo também de maneira discreta.

Algumas afirmações talvez possam ser feitas, como a abertura das avenidas marginais dos rios Tietê e Pinheiros (década de 1940) estimulou a construção de fábricas e galpões em alguns de seus trechos de várzea. Anos mais tarde, a transformação da área ao sul do rio Pinheiros começou a desenvolver as feições que conhecemos hoje com o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ao longo da avenida Luís Carlos Berrini, na década de 1970. O desenvolvimento da dessa avenida legitimou o potencial econômico da área do rio Pinheiros e despertou o interesse em se estabelecer ali um pólo de concentração de infra-estrutura a ser financiada pelo poder público, principalmente durante as administrações de Paulo Maluf (1993 – 1996) e Celso Pitta (1997 – 2000).

Essa mudança do valor dos imóveis em paralelo com o aumento serviços urbanos poderia, em parte, ser detectado através de mapas antigos de uso e ocupação do solo, de início dos anos 1970, quando as avenidas marginais do Rio Pinheiros cortavam uma área praticamente “deserta” ao longo da várzea deste rio e que, desde então, valorizou-se fortemente com investimentos particulares e municipais em benefícios para a área.

Bom, é isso, professor.

Não sei se consegui explicar melhor o que eu pretendia com o trabalho. Por favor, diga-me o que você acha de tudo isso!

Abraços, Bárbara


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