Delimitaçao do tema

Título provisório: Identificação de áreas prioritárias para recuperação florestal

Problema: A identificação de áreas prioritárias para conservação no Estado de São Paulo é definida pelo Mapa de Conectividade, realizado pelo programa BIOTA-FAPESP (2007). O Mapa de Conectividade conglomera diferentes variáveis bióticas em uma escala pequena a média, dificultando que projetos ou programas locais sejam respaldados por este mapa. Projetos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, tais como, banco de áreas para recuperação florestal, pagamento por Serviços Ambientais, ou, programas de averbação de Reserva Legal e de Sistemas Agroflorestais, demandam diagnósticos espaciais mais precisos em um curto espaço de tempo para que projeots focados e localizados (demonstrativos) sejam levados adiante.

Hipótese: A identificação de áreas prioritárias para recuperação florestal em uma escala local pode ser analisada levando em consideração critérios espaciais e dinâmicos de conectividade de fragmentos florestais, estimativa de perda de solo e efeitos perturbadores antrópicos.

Objetivo: Identificar áreas prioritárias para recuperação florestal em uma sub-bacia hidrográfica da Bacia hidrográfica do Vale do Paraíba do Sul Paulista

Materiais e Métodos

Material (preliminares)

- Kronka et al. (2005);
- Mapa de Conectividade (BIOTA/Fapesp, 2007)
- SRTM
- Cartas Topográficas digitalizadas  1:50.000 (IBGE);
- Imagem TM/Landsat do ano de 2009;
Programas (preliminares)
- Matlab
- R
- Spring
- TerraView
- ArcView
- ENVI
Métodos  <Estão sendo realizadas as seguintes etapas>. 

Primeiramente, de acordo com o objetivo do trabalho, deveu-se escolher somente uma sub-bacia hidrográfica (SBH), inserida na bacia hidrográfica do rio Paraiba do Sul no Estado de São Paulo (BHPS-SP), para as demais fases do trabalho. Para tanto, utilizou-se como material a matriz altimetrica originada do SRTM. Para a escolha da SBH foi necessária a delimitação de todas as SBH de potencial interesse, inseridas na BHPS-SP. Esta delimitação foi realizada através de uma ferramenta para modelagem hidrológica, denominada Automated Geospatial Watershed Assessment tool (AGWA) (Miller et al., 2007), na plataforma do programa ArcView 3.3 (ESRI). A definição dos parâmetros para a delimitação da dimensão das SBH, segundo a ferramenta AGWA, levou em consideração a dimensão aproximada das SBH dos Projetos Demonstrativos de Recuperação de Mata Ciliares que estão em vigor na atualidade, nos muncípios de Cunha e Paraibuna (São Paulo,?). Para a escolha da SBH, foram considerados dois critérios: as menores taxas de remanescentes florestais em áreas de APP (de nascentes e cursos d'água) para cada SBH, juntamente com as Zonas do Mapa de Conectividade para cada SBH. As taxas de remanescentes florestais em APP foram escalanadas em 8 percentis (considerando a BHPS-SP) e associadas com as 8 zonas existentes no Mapa de Conectividade. A SBH mais indicada para recuperação florestal seria aquela que obtivesse o valor 8 em ambos critérios.

A intenção é de utilizar a rede neural Self Organizing Maps (SOM) para a identificação dos agrupamentos que indiquem áreas prioritárias para a recuperação florestal. A SOM elencará as variáveis espaciais (em coordenadas métricas) para que a questão espacial seja considerada nesta abordagem. As variáveis que abastecerão o SOM são: conectividade de fragmentos florestais, estimativa de perda de solo e efeitos perturbadores antrópicos. Uma vez gerado o SOM, haverá a análise dos agrupamentos visando a quantificação da frequencia de neurônios vencedores por agrupamento no espaço geográfico (na bacia hidrográfica). Esta frequência seria avaliada com índices de correlação espacial, entre outros. A partir destas avaliações haverá a delimitação das unidades prioritárias para Conservação Florestal.


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